Utinga representa uma das povoações mais antigas de São Gonçalo do Amarante.
Utinga representa uma das povoações mais antigas de São Gonçalo do Amarante, foi utilizado como rota para a exploração holandesa no início do século XVII. Apontamentos históricos de 1638 já registravam “Itinga” (que no dialeto tupi-guarani significa água branca, hoje a população chama de Utinga) informando existir ali um engenho e uma capela. Possivelmente, a atual capela tenha sido construída no mesmo local da anterior, já existente na época do domínio holandês.
A atual capela foi erguida por volta de 1730, segundo documentos oficiais, e é dedicada à Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. No frontispício da capela aparece o ano de 1787 e representa, provavelmente, a época em que o templo sofreu alguma reforma. A capela de Utinga e duas residências próximas apresentam características arquitetônicas do século XVII, o que comprova o período em que ambas foram construídas.
A capela serviu para a ocupação holandesa no século XVII e desde 1989 é tombada pela Fundação José Augusto. Provavelmente, a estrada mais antiga do Estado, que ligava Baía da Traição, na Paraíba, até Natal, passava pela capela de Utinga. Outro fato importante é que na localidade de Utinga e na sede de São Gonçalo registrou-se antes mesmo de 13 de maio de 1888, a abolição de escravos.